sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Momento Fosfosol

Começamos 2009 ainda com resquícios de 2008 em nós. Seja nas lembranças boas ou ruins, seja no que ouvimos, vemos e até o que escrevemos, como agora, que escrevo sem ligar com a nova ortografia que entrou em vigor deste a meia-noite do dia 1º de janeiro.

Fiz este “nariz de cera” somente para mostrar a coisa mais clichê em começos de ano: falar sobre o que foi o melhor no ano que se passou. Não somente eu farei, como espero que NanyB faça o mesmo, ou seja, será uma seleção dos melhores de acordo com nossa opinião. Sei que não é grande coisa, mas é o que temos no menu de hoje. Se não gostarem ou concordarem, tudo bem, afinal, sempre vai haver outro crítico que vai eleger um filme iraniano ou músico hindu como o melhor do ano. Enquanto vocês não procuram por esses jornalistas, leiam a opinião deste pseudo-jornalista aqui enquanto vocês ainda estão procurando naquele site de busca algo mais interessante para fazer na internet. Vamos a eles:

Música:

Vampire Weekend: Esta banda de Nova York não ficou longe do meu mp3 em nenhum momento do ano passado (só pra constar, eu ainda não cheguei ao futuro da família “mp” – mp4, 5, 6, 7, 8...). Eles conseguiram fazer uma senhora mistureba de sons sem parecer chato ou complicado demais para se ouvir. Sons africanos, influências new wave, violinos, além do básico guitarra, baixo e bateria fazem deles a sensação de 2008 e uma grande promessa para os anos que virão.
Outras bandas: Essas também não saíram de meus ouvidos, que foram: Little Joy, 3 Na Massa, The Fratellis, MGMT, Albert Hammond Jr. entre outras.

Cinema:

“Batman – O Cavaleiro das Trevas”: Essa você já ouviu, mas o filme na verdade deveria ser chamado “Coringa – A Piada Mortal”. Heath Ledger foi O Coringa, deixou qualquer lembrança de Jack Nicholson (o Coringa do filme de 1989) apenas para os cinéfilos xiitas e ainda por cima me fez odiá-lo não por ter feito o vilão perfeito, mas sim, porque ele “decidiu” morrer sem mais nem menos, deixando uma sequência com o maníaco do crime apenas na vontade. Rest in peace, Ledger. Seu truque de mágica com o lápis já entrou para a história do cinema.
Outros filmes: Queria ter mais espaço para falar de todos estes filmes: “Na Natureza Selvagem” (confesso que chorei no final deste), “Wall-E”, “Trovão Tropical”, “Meu Nome Não é Johnny”.

TV:

CQC / 15 Minutos: Estes programas provaram que sim, ainda é possível fazer comédia inteligente e crítica sem parecer elitista. Enquanto Marcelo Adnet e Quiabo fizeram do improviso uma piada simples e certeira de se fazer, os “Homens de Preto” do CQC de Marcelo Tas (alguém, por favor, é capaz de me apontar algo ruim que este jornalista já fez?) criticaram políticos e celebridades instantâneas como ninguém.
Programas antigos que descobri este ano: agradeço o advento do DVD, porque graças a ele consigo ver séries tão boas. São elas: “My Name Is Earl”, “Dexter”, a 4º temporada (e a melhor) de “House” e todas as temporadas (uma melhor que a outra) do “Monty Python Flying Circus”.

Livros:

Confesso que não li nenhum livro que foi lançado este ano, pois tenho um pouco de desdém sobre aquelas publicações que antes de lançar já estão entre os dez mais vendidos, devido ao sucesso deles lá fora, ou quando este não é escrito por algum “escritor celebridade” que vive apenas de mitos, polêmicas e status que ele e seu assessor criaram (vocês sabem de quem estou falando). Por isso, só vou dizer de um livro que vale para todos os anos: “31 Canções”, de Nick Hornby. Este apanhado de crônicas feitas por este que é o cara que mais absorve cultura pop no mundo, fala sobre essas 31 canções do título (bidu), mas não da forma “jornalística” de dizer, mas da forma “eu-curto-muito-música” (se é que existe este estilo). Hornby relembra seus sentimentos quando ouvia desde Teenage Fanclub até Nelly Furtado. Enfim, é um livro que poderia ser feito por qualquer um, mas que ninguém quis fazer. Por isso seu ineditismo.

Bom, acho que é isso. Repito o que disse no começo do texto: se não concordarem como o que escolhi, bem, a parte de comentários esta aí para vocês discordarem. Mas por favor, não me venham com filmes iranianos ou músicos hindus como justificativas. Não somos hypes o bastante para aguentar isso. Certo, NanyB?

Um comentário:

NanyB disse...

Yes, N.Man, we're not (not!!) hype enough.