segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Muquifo mais que chique

Ana Castilhos realizou meu sonho: pegou sus idéias maravilhosas e as transformou em produtos. Seus adesivos - um mais incrível que o outro - ficam legais em qualquer lugar.

To achando que meu "notebuck" (outro apelido pro note, também conhecido como "lequitoqui") vai ganhar um agradinho...rsrs...

Pra conferir o blog lindíssimo da Ana Castilhos, vá em http://mukifuchic.blogspot.com/ .

N.Man, me ajuda a colar uns adesivos no note?

domingo, 19 de outubro de 2008

Space Oddity

Preparem-se para a receita:

Junte num liquidificador super-heróis, rock’n’roll e ficção cientifica. Bata tudo e você terá “Red Rocket 7”, uma HQ no mínimo psicodélica.

Criada pelo desenhista e roteirista Mike Allred, sua idéia foi contar a história do rock desde os anos 50 até o ano 2000, colocando Red Rocket 7 como testemunha ocular de tudo, fazendo parte e até inspirando os artistas em algum momento, da mesma forma que Robert Zemeckis quis fazer com a história americana pela visão de seu Forrest Gump. Só que desta vez não temos um cara inocente ao extremo sentado num banco de praça, esperando ônibus e filosofando sobre a ligação da vida com caixas de bombons (???). Estamos falando de historia em quadrinhos, sétima arte, ou seja, tem que ter alguém com super poderes – ou uma criança dentuça – para a coisa dar certo. E não é que deu certo mesmo, rapaz!

Red Rocket é um alienígena que cai na Terra na metade dos anos 50, fugindo de seu planeta natal que estava sendo destruído por uma raça de impiedosos extraterrestres. À beira da morte, cria seis clones – Red Rocket 2, Red Rocket 3 e assim por diante... - para garantir que sua linhagem continuasse a existir. Cada um desses “Reds” desenvolveram uma personalidade distinta do outro. O Red Rocket 7 desenvolveu uma grande paixão por música. Então começa a peregrinar pelos EUA para aprender a tocar seja qual instrumento for. Nisso, ele conhece os jovens Little Richard, Elvis Presley, Chuck Berry e outros tantos que tornaram-se pioneiros no rock. À partir daí, a história se desenvolve, fazendo Red trabalhar numa rádio, viajando para Inglaterra onde conhece o jovem John Lennon e os Beatles, volta aos EUA e experimenta o seu primeiro cigarro de maconha com os rapazes de Liverpool - cortesia de Mr. Bob Dylan - , vê Brian Jones morrer em sua piscina, inspira David Bowie a criar o andrógino Ziggy Stardust e por aí vai. Em meio a todos esses acontecimentos, Red Rocket 7 ainda tem que fugir de aliens malvados que estão no planeta para acabar com a linhagem dos Reds. Bizarro é pouco.

“Embarque numa aventura de ficção cientifica que atravessa espaço, tempo e, de alguma forma, consegue pular a ERA DA DISCOTECA”, como diz a sinopse da grafic novel. Coisa de fã, seja de rock, seja de HQ, seja dos dois. É pra ler com o mp3 no ouvido.

domingo, 12 de outubro de 2008

Mulher, traz o meu REVOLVER!!!



















Uma coisa não se discute: gosto. Mesmo que seja esdrúxulo, não se deve criticar o que a pessoa aprecia. Isso é um fato. Falo isso em todos os sentidos. E é com o gosto musical que dou mais ênfase a esta tese/jargão popular.

Gostamos de musicas que para muitos é de apreciação duvidosa. Mas tudo é questão de identificação, não importa em que língua o artista está falando. E daí se ele fala “fuck you/ fuck me/ fuckin’ all”? O que importa é a sonoridade, a pegada do som que faz você viajar. O cantor pode estar falando sobre flores mortas num dia de outono, mas se for embalado a uma batidinha maneira, você pode até colocar esta canção como trilha de viagem pra praia. Simples.

Toda essa embromação é pra comentar um disco que pra mim está no panteão (eu tava doido pra encaixar essa palavra numa frase!) dos melhores álbuns de todos os tempos: REVOLVER, daqueles quatro cabeludos de Liverpool (preciso dizer o nome?).

Ok, muitos podem comentar neste blog (fiquem à vontade, viu?) que o disco definitivo deles é o Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band. Pode até ser, mas foi em Revolver que eles definiram e abriram espaço para a psicodelia que foi peça-chave em Sgt. Peppers. Nunca uma banda desde então experimentou sons, batidas e nuances técnicos como John, Paul, George e Ringo. Em resumo, eles foram livres pra fazer o que quiserem. E deu certo!

Mas não estou aqui pra usar termos técnicos para discutir este disco. P()®®@, eu sou fã dos caras e quero falar como é bom ouvir este album que já começa com Mr. George Harrison zoando em “Taxman”, que pra mim é a típica música pra festejar com os amigos. “Eleanor Rigby” é aquela para “puxa, é agora que eu choro”, que como música triste do quarteto só perde para “Hey Jude”, mas isso fica para outro post. Aquela que me remete a infância e eu acho que isso não é só pra mim é a baba “Yellow Submarine”. É deixar o som rolar e viajar com todas as maluquices psicodélicas que eles colocam na canção. Depois de ouvi-la não tem como não pensar: “C@®@£#(), porque a gente tem que crescer??”.

Enfim, se eu ficar falando de faixa-a-faixa do álbum, esse texto vai tomar todo o blog e Srta. NanyB vai me matar por isso – “Mano, cê quer escrever um livro no blog, c@®@£#()?!”.

Pra finalizar, só mais uma dica: Ao ouvir “Tomorrow Never Knows”, última faixa do disco, feche os olhos e como o próprio John Lennon diz na canção, “Ouça a cor dos seus sonhos...”. E quem precisa de LSD quando ouve isso????

Dúvida? Então ouça: http://www.seeqpod.com/search/?plid=fdcec5f408

sábado, 11 de outubro de 2008

Sede de música

Se você é como eu - não consegue dar um passo sequer sem uma boa música - ótimo: teremos deliciosas figurinhas pra trocar.

Pra montar playlists na web e ficar doido com tanta música boa, vale se logar no Seeqpod, um site que dispõe de trocentos sons, dos mais variados gostos. Pra se ter uma idéia, tenho 14 playlists lá, com umas 40 músicas em cada. É música pra lá de metro, cumpadi.

http://www.seeqpod.com/search/

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

About NanyB, about Nowhere Man... About Us

Juro que não sei o motivo desse título. Eu quero aqui é falar do festival FU-DI-DO que fui, o About Us. Daí, numa hora dessas, em que minha capacidade de desenvolver títulos cools já se foi – me dêem um desconto, to com uma puta febre – me pego escrevendo coisas assim. Logo, se você espera ler algo sobre mim ou sobre o N.Man, pára. Procura outro post, joga no Google (será que aparece alguma coisa?). A parada aqui é outra.

O festival parecia um formigueiro dos eu-sou-legal-riquinho-e-style-e-cuido-do-planeta. Verdade. Brotava, de toda parte, as meninas com chapinha e franjinha e argola no nariz e bota por cima da calça. Em contrapartida e graças ao bom Deus, os colírios deliciosos malhados e perfeitos não faltaram.

O lado ruim de tudo foi que dormi demais e cheguei tarde. Resultado: perdi o show do Seu Jorge. O lado bom foi que dormi demais e perdi o show do NX Zero (aqui entra a pertinente questão: que porra eles foram fazer lá? Que diabos tinha a ver essa bandica de merda com o contexto do festival? Na verdade, por que eles existem?).

Deu tempo de ver a Vanessa da Mata e o cabelo da Vanessa da Mata. Nossa, que cabelão! Ela conseguiu quebrar dois preconceitos meus – o primeiro de que o som dela era ruim, e o outro de que o cabelo dela era feio. A Vanessa, sem muito esforço, não deixa ninguém parado. Até o balanço da saia dela parece acontecer sem nenhum esforço. Uma delícia. Tive a impressão de que ela pode cantar qualquer música, que sempre vai ficar legal.

Quando Vanessa e seu cabelo anunciaram “meu grande amigo, Ben Harper”, eu só tive tempo de pensar um curto “eita porra”. E foi. Eita porra, o que é o Ben Harper?

Confesso que nunca fui muito fã do hit gravado pelos dois. Mas depois do “eita porra”, o ceticismo passou. Quando me dei conta, estava junto da multidão gritando “falling, falling, falling, into the night... E tudo o que quer me daaaaaar, é demaaaaais, é pesadoooo...” Até parei pra analisar a letra: tudo o que quer de mim... Irreais expectativas desleais... Deu até um gelo, lembrei de alguém... Ui, fica pra outro post.

O Ben Harper parece um fazendeirinho, segundo a análise da Flavia. Tímido, na dele, despretensioso. Ele faz um show incrível justamente porque não é um show man. A banda que o acompanha é a melhor banda que já vi, uma vez que eles misturam o que mais gosto: o som é dominado pelo baixo perfeito e pela marcante percussão. Impossível não curtir.

Pra fechar com perfeição a noite fria de domingo, lá pelas tantas – foram umas 10 horas de festival – tive o êxtase de ver o Dave Mathews Band.

“Hi, I’m Dave Mathews and this is my band”. E eu respondi: “Hi, banda do Davi Mateus. Manda bala, garoto.”

Nem precisava ter pedido.

Ele mandou a bala, as músicas fudidas e a dancinhas styles. Tudo ao mesmo tempo, enquanto cantava, tocava violão e me enchia de alegria. O que era admiração virou paixão – ele me ganhou com aquela dancinha estranha, que dá a impressão de que ele vai cair. Só não achei muito legal as jams que se estendiam no final de quase todas as músicas, mas não por que eram ruins, e sim porque eu queria saber qual era a próxima que iam tocar.

Fiquei sem “Everyday” e sem “The Space Between”. Eles não tocaram, mas os perdoei por isso. Saí de lá cheia de mim, toda boba, de tão feliz. Adoro quando vejo que minhas paixões têm fundamento (acho que isso não acontece com um fã de NXZero...rsrs...) e que vale a pena abrir a mente pra conhecer o novo. This is all about us.