Juro que não sei o motivo desse título. Eu quero aqui é falar do festival FU-DI-DO que fui, o About Us. Daí, numa hora dessas, em que minha capacidade de desenvolver títulos cools já se foi – me dêem um desconto, to com uma puta febre – me pego escrevendo coisas assim. Logo, se você espera ler algo sobre mim ou sobre o N.Man, pára. Procura outro post, joga no Google (será que aparece alguma coisa?). A parada aqui é outra.
O festival parecia um formigueiro dos eu-sou-legal-riquinho-e-style-e-cuido-do-planeta. Verdade. Brotava, de toda parte, as meninas com chapinha e franjinha e argola no nariz e bota por cima da calça. Em contrapartida e graças ao bom Deus, os colírios deliciosos malhados e perfeitos não faltaram.
O lado ruim de tudo foi que dormi demais e cheguei tarde. Resultado: perdi o show do Seu Jorge. O lado bom foi que dormi demais e perdi o show do NX Zero (aqui entra a pertinente questão: que porra eles foram fazer lá? Que diabos tinha a ver essa bandica de merda com o contexto do festival? Na verdade, por que eles existem?).
Deu tempo de ver a Vanessa da Mata e o cabelo da Vanessa da Mata. Nossa, que cabelão! Ela conseguiu quebrar dois preconceitos meus – o primeiro de que o som dela era ruim, e o outro de que o cabelo dela era feio. A Vanessa, sem muito esforço, não deixa ninguém parado. Até o balanço da saia dela parece acontecer sem nenhum esforço. Uma delícia. Tive a impressão de que ela pode cantar qualquer música, que sempre vai ficar legal.
Quando Vanessa e seu cabelo anunciaram “meu grande amigo, Ben Harper”, eu só tive tempo de pensar um curto “eita porra”. E foi. Eita porra, o que é o Ben Harper?
Confesso que nunca fui muito fã do hit gravado pelos dois. Mas depois do “eita porra”, o ceticismo passou. Quando me dei conta, estava junto da multidão gritando “falling, falling, falling, into the night... E tudo o que quer me daaaaaar, é demaaaaais, é pesadoooo...” Até parei pra analisar a letra: tudo o que quer de mim... Irreais expectativas desleais... Deu até um gelo, lembrei de alguém... Ui, fica pra outro post.
O Ben Harper parece um fazendeirinho, segundo a análise da Flavia. Tímido, na dele, despretensioso. Ele faz um show incrível justamente porque não é um show man. A banda que o acompanha é a melhor banda que já vi, uma vez que eles misturam o que mais gosto: o som é dominado pelo baixo perfeito e pela marcante percussão. Impossível não curtir.
Pra fechar com perfeição a noite fria de domingo, lá pelas tantas – foram umas 10 horas de festival – tive o êxtase de ver o Dave Mathews Band.
“Hi, I’m Dave Mathews and this is my band”. E eu respondi: “Hi, banda do Davi Mateus. Manda bala, garoto.”
Nem precisava ter pedido.
Ele mandou a bala, as músicas fudidas e a dancinhas styles. Tudo ao mesmo tempo, enquanto cantava, tocava violão e me enchia de alegria. O que era admiração virou paixão – ele me ganhou com aquela dancinha estranha, que dá a impressão de que ele vai cair. Só não achei muito legal as jams que se estendiam no final de quase todas as músicas, mas não por que eram ruins, e sim porque eu queria saber qual era a próxima que iam tocar.
Fiquei sem “Everyday” e sem “The Space Between”. Eles não tocaram, mas os perdoei por isso. Saí de lá cheia de mim, toda boba, de tão feliz. Adoro quando vejo que minhas paixões têm fundamento (acho que isso não acontece com um fã de NXZero...rsrs...) e que vale a pena abrir a mente pra conhecer o novo. This is all about us.
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2 comentários:
Que honra... primeiro comentário !!
Nossa, amei o texto.Vou passar aqui mais vezes para conferir.
Só estou chateada porque fiquei morrendo de vontade de ir neste festival. Porra, eu amo o som da Vanessa, Seu Jorge então, nem se fala.
Adoro vcs!
Olhaêêê!!!
Motivo pra butecar é sempre bom...
Nega e nego, amo vcs!!
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